A análise das contas agregadas mostra margens muito apertadas, ligeiramente superiores a 2,5%, o que aumenta o impacto das tensões sofridas pela cadeia de valor no risco de crédito das suas empresas.
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A compra periódica de frutas e verduras pelas famílias deixa uma evidência: semana após semana, os preços não param de aumentar. Por isso, de acordo com dados fornecidos pelo Insight View, 21% dos grossistas de frutas e produtos hortícolas estão num nível máximo ou elevado de risco de incumprimento. A cadeia de valor está cada vez mais pressionada uma vez que, para além do aumento significativo dos preços nos produtores, as suas margens estão a ser impactadas pelo aumento do custo dos combustíveis necessários ao transporte e dos custos energéticos da cadeia de frio e conservação.
De acordo com os dados fornecidos pela Insight View, os grossistas de frutas e verduras estão concentrados nos distritos de Lisboa (19%), Porto (15%), Viseu (8%), Leiria (7%) e Faro (6%). Dos 5 distritos líderes do setor, Viseu apresenta o maior risco de crédito: 31% destes grossistas encontram-se num nível máximo ou elevado de risco de incumprimento. Seguem-se Faro (27%), Lisboa (23%), Porto (21%) e Leiria (16%).
O setor apresenta uma dimensão empresarial significativa, com 5% do tecido constituído por grandes e médias empresas. 38% das suas empresas têm mais de 15 anos. O prazo médio de fornecimento, que mostra os dias que o inventário permanece na empresa, chega a 18 dias. Ao longo da pandemia e da posterior recuperação, o setor enfrentou uma mudança nos seus processos, sujeito a fortes oscilações na procura e escassez de oferta. A análise das contas agregadas mostra margens muito apertadas, ligeiramente superiores a 2,5%, o que aumenta o impacto das tensões sofridas pela cadeia de valor no risco de crédito das suas empresas.
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