48% dos grossistas de materiais de construção e equipamentos sanitários foram constituídos nos últimos cinco anos

As empresas de comércio por grosso de materiais de construção e equipamentos sanitários¹ têm tido um aumento relevante da faturação nos últimos anos. De acordo com os dados fornecidos pelo Insight View, o volume de negócios de 2021 mostra um aumento de 25% em relação aos valores pré-pandémicos. O risco de incumprimento da atividade está em valores médios. 16% das empresas apresentam risco de não-pagamento elevado.

Estes grossistas estão concentrados maioritariamente nos grandes centros urbanos: Porto (19%), Braga (16%), Lisboa (16%), Aveiro (9%) e Leiria (7%), sendo a sua distribuição do risco bastante semelhante. No entanto, conseguimos perceber que existe também um conjunto alargado de grossistas espalhados pelo restante território nacional (33%).  

O setor destaca-se por ter uma elevada dinâmica empresarial, em que 48% das empresas foram constituídas há menos de cinco anos. Dentro deste conjunto, 19% foram criadas no último ano. Durante os primeiros nove meses do ano de 2022 já foram constituídas mais 27% empresas comparando com o período homólogo de 2021.  Por consequência, os grossistas de materiais de construção e equipamento sanitário são maioritariamente micro (58%) e pequenas empresas (23%), contabilizando quatro em cada cinco empresas do sector.
 
Se olharmos para a evolução da tesouraria, os prazos médios de pagamentos a fornecedores foram reduzidos de 79 para 77 dias em 2021 e o prazo médio de recebimentos de clientes baixou de 96 para 91 dias, o que demonstra que há uma diminuição da exposição de risco tanto dos fornecedores como das empresas perante os seus clientes. 

¹ Consideradas todas as empresas classificadas em base de dados com o CAE 46732* - Comércio por grosso de materiais de construção (exceto madeira) e equipamento sanitário.