82% das metalúrgicas de base conseguem pagar as suas dívidas

De acordo com os dados fornecidos pelo Insight View, 18% das empresas metalúrgicas de base estão a enfrentar níveis significativos de incumprimento. O futuro imediato do setor é influenciado pela automação de processos, adoção de tecnologias modernas e o compromisso com a sustentabilidade. 

Segundo o Insight View, estas empresas estão concentradas com maior expressão nos grandes centros urbanos: Porto (22%), Braga (19%), Aveiro (16%), Lisboa (15%) e Setúbal (6%). Dos cinco distritos líderes do setor, Lisboa é o que apresenta a maior deterioração do risco de crédito: uma em cada quatro empresas da capital encontram-se num nível máximo ou elevado de incumprimento. Seguem-se Aveiro (21%), Setúbal (20%), Braga (11%) e Porto (10%). 

As empresas de metalurgia de base constituídas na última década representam 38% do total. A antiguidade é um fator relevante no risco de crédito: entre as empresas criadas nos últimos dez anos, 35% enfrentam níveis máximos ou elevados de incumprimento. Este número diminui consideravelmente para 8% nas empresas com 11 a 25 anos, e 7% nas empresas com mais de 25 anos. 

Quanto à dimensão das empresas, a grande maioria é composta por micro e pequenas empresas, totalizando 80% do setor. As restantes dividem-se entre empresas médias (13%) e de grande dimensão (7%). No setor, observa-se que, quanto maior a dimensão da empresa, menor o risco de incumprimento: as micro e pequenas empresas apresentam níveis máximos ou elevados de incumprimento de 15% e 16% respetivamente, enquanto nas empresas médias esse valor cai para 10% e nas grandes o valor é nulo.   

Em relação à gestão da tesouraria, os prazos médios de pagamentos a fornecedores diminuíram de 70 para 56 dias no último exercício financeiro, e os prazos médios de recebimentos de clientes reduziram de 70 para 57 dias. Estes números indicam uma diminuição de exposição ao risco tanto para os fornecedores quanto para as empresas perante os seus clientes.