De acordo com os dados do Insight View, a maioria dos grossistas que se encontram nesta situação foram constituídas na última década.
O setor dos grossistas de máquinas e equipamentos1, que se encontrava num crescimento acentuado em volume de negócios antes do início da pandemia, teve um aumento de 14% no ano de 2021, após um ano de 2020 de queda. Neste contexto, de acordo com os dados do Insight View, apenas 16% destas empresas encontram-se em risco de incumprimento, contra os 84% que apresentam valores baixos ou mínimos.
Os dados do Insight View mostram que o setor conseguiu manter de forma sustentável outros índices importantes, tais como a autonomia financeira (47%), rendibilidade financeira (13%) e a liquidez geral (1,96). No entanto, o comportamento financeiro que mais se destaca de forma negativa é dos grossistas de máquinas e equipamentos que foram constituídas na última década. O risco de incumprimento atinge os 19% dos grossistas deste segmento. Dentro das empresas entre 10 e 25 anos, este rácio cai para 12% e volta a subir ligeiramente, para 13%, entre aquelas com mais de 25 anos de serviço.
A análise agregada das contas oficiais apresentadas pelos grossistas de máquinas e equipamentos mostra a realidade de um setor capaz de mostrar profunda resiliência, em que o seu valor agregado foi construído na especialização em nichos de mercado específicos. Isso explica a distribuição por dimensão de empresas, em que o setor é claramente constituído por micro empresas, que representam 70% do tecido total. Se juntarmos as pequenas empresas, este valor sobe para 97%. As grandes e médias empresas representam apenas 3% do total.
De acordo com os dados do Insight View, os distritos com mais grossistas de equipamentos e máquinas são Lisboa (31%) e Porto (23%), seguidos de Aveiro, Braga e Leiria, cada um com 8% do total das empresas.
1 Consideradas todas as empresas classificadas em base de dados com o CAE 466* - Comércio por grosso de outras máquinas, equipamentos e suas partes.
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