08 março 2024
analise-setorial

27% das empresas de produtos cosméticos encontram-se em risco de incumprimento

Do total destas empresas, 93% foram constituídas nos últimos dez anos.

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De acordo com os dados mais recentes do Insight View, o volume de negócios do setor de produtos cosméticos registou um incremento de 23% em 2022, comparativamente ao ano anterior.

 

Um traço distintivo da estrutura empresarial neste setor é a presença preponderante de microempresas, que representam cerca de 91% do total. No entanto, apesar de serem numericamente dominantes, as microempresas contribuem apenas com 15% do volume de negócios total. As pequenas, que representam 8% do total das empresas do setor, faturam 19% do total. Por outro lado, as empresas de média dimensão, embora representem apenas cerca de 1% do total de empresas cosméticas, geram 28% do volume de negócios. As duas empresas de grande dimensão totalizam 38% da faturação. 

No que diz respeito à antiguidade das empresas, os dados do Insight View mostram que aproximadamente metade das empresas têm entre dois e dez anos. As empresas constituídas há menos de um ano representam 13% do total, enquanto as com mais de 25 anos correspondem a apenas 12%. Esta diversidade na idade das empresas sugere um panorama dinâmico, com uma constante entrada de novos players e uma adaptação contínua às mudanças do mercado.

Relativamente ao risco empresarial, 27% das empresas de produtos cosméticos estão em risco de incumprimento, sendo que 93% destas empresas foram constituídas nos últimos 10 anos. Esta distribuição de risco é relativamente uniforme, com 45% das empresas consideradas de risco médio e as restantes 28% de risco baixo.

Quanto à distribuição geográfica, Lisboa e Porto mantêm-se como os principais centros deste setor, abrigando 33% e 19% das empresas, respetivamente. No entanto, também há uma presença significativa em outras regiões do país como Braga (8%), Setúbal (8%) ou Aveiro (5%). Dos cinco distritos líderes do setor, Braga destaca-se por apresentar a maior deterioração do risco de crédito, com 29% das empresas neste setor a encontrarem-se num nível máximo ou elevado de incumprimento. Seguem-se Porto, Aveiro e Lisboa com 28%, e Setúbal com 26%. 

Uma análise das práticas de tesouraria revela uma mudança nas dinâmicas de pagamento e recebimento. As empresas de cosméticos receberam em 2022 dos seus clientes, em média, a 21 dias, uma redução de 9%, enquanto o prazo médio de pagamento aos fornecedores diminuiu para 110 dias, uma queda de 2%

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