O setor da fabricação de jogos e brinquedos tem registado um crescimento significativo na faturação nos últimos anos. Os dados de 2024 apontam para um aumento de cerca de 52% no volume de negócios, operando a maioria das empresas (54%) em risco médio de incumprimento.

As empresas deste ramo estão maioritariamente localizadas nos principais centros urbanos: Lisboa concentra 33%, seguida pelo Porto (27%), Aveiro (11%), Setúbal (6%) e Coimbra (4%). Os restantes concelhos totalizam 19% das empresas do setor, que mostra a elevada dispersão em todo o país.
O setor caracteriza-se por uma dimensão reduzida, com apenas 52 empresas a operar em território nacional, onde perto de um terço opera há mais de 25 anos, o que revela uma estabilidade relevante dentro das empresas do setor. 34% das empresas iniciaram atividade há 5 anos ou menos, o que também demonstra que as barreiras à entrada de novas empresas são relativamente baixas.
A maioria dos fabricantes são microempresas (78%) e pequenas empresas (14%), que em conjunto representam 92% do setor. Apenas 8% das empresas são de média dimensão.
Quanto à tesouraria, verificou-se em 2024 uma redução nos prazos médios de pagamentos a fornecedores, de 58 para 41 dias, assim como no prazo médio de recebimentos, que passou de 65 para 57 dias. Estes indicadores sugerem uma gestão de tesouraria mais eficiente no cumprimento com fornecedores, mas um maior tempo de espera para o recebimento de receitas. Esta discrepância pode criar desafios no fluxo de caixa, especialmente para micro e pequenas empresas, que têm menor capacidade de absorver atrasos nos pagamentos.
