As empresas do setor têxtil1 enfrentam variados desafios nos próximos anos para combater as novas necessidades do mercado. Os consumidores estão cada vez mais exigentes em relação à sustentabilidade, estando o setor têxtil sobre enorme escrutínio. As pessoas querem saber quem, como e onde foram produzidos os produtos. Adicionalmente, compram cada vez menos, pois existe uma consciencialização sobre a reutilização e reciclagem. Nesta ótica, conseguimos perceber que as empresas têm de se reinventar tecnologicamente, pelo que 43% das empresas de fabricação de têxteis apresentam risco máximo e elevado de incumprimento.

De acordo com os dados fornecidos pelo Insight View, os fabricantes de têxteis estão concentrados maioritariamente na zona norte do país: Braga (51%), Porto (27%), Aveiro (6%), Lisboa (6%) e Castelo Branco (2%). Dos 5 distritos líderes do setor, Castelo Branco apresenta o maior risco de crédito: 67% destes fabricantes encontram-se num nível máximo ou elevado de risco de incumprimento. Seguem-se Lisboa (62%), Porto (46%), Braga (45%) e Aveiro (32%).
O setor apresenta uma dimensão empresarial significativa, sendo que 9% do tecido é constituído por grandes e médias empresas. Em relação à antiguidade, 50% das suas empresas têm mais de 15 anos, tendo que adaptar as suas estruturas para combater as novas necessidades dos consumidores. O prazo médio de fornecimento, que mostra os dias que o inventário permanece na empresa, chega a 94 dias. Por último, o prazo médio de recebimentos dos clientes é inferior ao de pagamentos aos fornecedores (89 vs 95 dias), o que significa que as empresas deste setor conseguem financiar-se com o dinheiro dos clientes.
1 Consideradas todas as empresas classificadas em base de dados com o CAE 13* - Fabricação de têxteis.
