02 fevereiro 2024
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48% das empresas que fabricam produtos metálicos apresentam um baixo risco de incumprimento

A eficiente gestão de risco tornou-se uma prioridade crucial para as empresas do setor de produtos metálicos em Portugal.

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De acordo com o Insight View, 48% das empresas de fabricação de produtos metálicos demonstram um nível baixo de risco de incumprimento. Este cenário positivo é apoiado por um crescimento consistente no volume de negócios, com um aumento de 21% em 2021 e 14% em 2022, sendo que 29% deste total corresponde a exportações. O setor enfrenta o desafio de manter-se competitivo globalmente, à medida que a procura por opções tecnologicamente inovadoras e conhecimento técnico aumenta no mercado internacional.

 

A distribuição geográfica das empresas revela uma concentração significativa nos grandes centros urbanos, com Porto (18%), Aveiro (16%), Lisboa (13%), Leiria (12%) e Braga (12%) a liderarem o setor. Entre estas regiões, Lisboa destaca-se como a de menor deterioração do risco de crédito, com apenas 15% das empresas a enfrentarem níveis máximos ou elevados de incumprimento. Em comparação, Leiria e Braga registam 17%, Aveiro 18%, e o Porto 20%.

A análise temporal revela que 40% das empresas de produtos metálicos foram constituídas na última década, enquanto 24% têm entre 16 e 25 anos e aproximadamente 23% têm mais de 25 anos de existência. A antiguidade é um fator relevante no risco de crédito, com 34% das empresas constituídas nos últimos 10 anos a enfrentarem níveis máximos ou elevados de incumprimento, em comparação com apenas 7% das empresas com mais de 10 anos.

Quanto à dimensão das empresas, o setor é composto principalmente por micro e pequenas empresas, totalizando aproximadamente 96% do mercado. As restantes dividem-se entre empresas médias (4%) e de grande dimensão, que têm uma presença quase nula. Apesar disso, as grandes empresas, embora em menor número, respondem por 23% da faturação total, enquanto as microempresas representam 10%, as pequenas empresas 31%, e as médias 35%.

Uma análise das demonstrações financeiras revela que o setor opera com uma dependência considerável de financiamento externo, com um índice de endividamento de cerca de 56%, dos quais 28% correspondem a capital remunerado. Contudo, a qualidade da dívida é um ponto de atenção, já que aproximadamente 66% é de curto prazo. Além disso, o prazo médio de abastecimento aumentou ligeiramente de 66 para 67 dias, indicando ajustes na gestão do inventário.

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