56% das empresas não utilizam critérios de solvência na seleção de clientes
De acordo com o último estudo da Crédito y Caución e Iberinform, 21% das empresas não aplicam uma política de risco para gerir a prospeção de clientes.

De acordo com o último estudo da Crédito y Caución e Iberinform, 21% das empresas não aplicam uma política de risco para gerir a prospeção de clientes.
O controlo do risco de crédito ao longo do ciclo económico implica um equilíbrio instável entre as áreas mais técnicas da empresa e os departamentos comerciais focados no crescimento. Os departamentos financeiros participam na definição da política de risco em 42% das empresas, acima dos 22% em que as áreas comerciais têm peso. A administração desempenha um papel de arbitragem em 71% das empresas e apenas 10% possuem departamentos de risco especializados. Estes são dados retirados da vaga de outono do Estudo de Gestão do Risco de Crédito em Portugal, promovida pela Crédito y Caución e Iberinform, no qual participam gestores de cerca de 300 empresas de diferentes dimensões e setores.
De acordo com as conclusões do estudo, a gestão da política de riscos comerciais ainda apresenta muitas deficiências. Um dos dados mais negativos é a evolução da utilização de critérios de solvência na seleção de clientes com 56% das empresas a gerirem deficitariamente o seu risco de crédito por não os utilizarem na sua análise. Esta falta de critérios na análise constitui uma deficiência estrutural em termos de proteção do tecido empresarial contra os efeitos dos atrasos nos pagamentos.
O tecido empresarial também está longe de consolidar os comités de risco: 75% das empresas não dispõem destas estruturas para o controlo sistemático e transversal da carteira de clientes que permita a revisão, aprovação e recomendação de limites de exposição ao risco.
O estudo evidencia que 74% das empresas não dispõem de procedimentos estruturados que definam por escrito a sua política de risco comercial e, talvez o facto mais preocupante, 21% das empresas não aplicam qualquer tipo de política de risco para gerir possíveis não pagamentos nos seus processos de prospeção.
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