De acordo com os dados do Insight View, cerca de 39% das empresas que se encontram em risco de incumprimento foram constituídas nos últimos cinco anos.
A volatilidade no setor de fabricação de equipamento elétrico, especialmente no volume de negócios, tem sido notável nos últimos anos. Após um decréscimo desde 2018, houve um aumento de 25% em 2021, mas no último exercício financeiro registou-se uma diminuição de cerca de 7%. Apenas 12% das empresas apresentam um risco elevado ou máximo, sendo que 39% dessas foram criadas nos últimos cinco anos. Dentro desse grupo, 20% das empresas constituídas nesse período têm um risco elevado ou máximo.
Os dados revelam uma concentração significativa dessas empresas nos grandes centros urbanos, com destaque para o Porto (29%), Lisboa (24%), Aveiro (12%), Braga (8%) e Leiria (5%). Nos cinco distritos líderes do setor, a distribuição do risco é semelhante, com um score de risco médio.
Quanto à antiguidade das empresas, o setor apresenta uma notável diversidade. Cerca de 19% das empresas foram constituídas entre 16 e 25 anos atrás, enquanto 31% têm mais de 25 anos. Apesar dessa experiência consolidada, há espaço para a entrada de novas empresas, representando 10% das empresas no último ano e 14% entre dois e cinco anos.
A maioria esmagadora dos fabricantes de equipamento elétrico são micro (61%) e pequenas empresas (28%), totalizando 89% do setor. As médias e grandes empresas representam uma fatia menor, com 7% e 4%, respetivamente, mas contribuem significativamente para 90% do volume de negócios total do setor.
No que diz respeito à gestão de tesouraria, observa-se uma redução nos prazos médios de pagamentos a fornecedores e recebimentos de clientes, passando de 69 para 67 dias em 2022. Esta sincronia sugere uma diminuição do risco tanto para fornecedores quanto para as empresas em relação aos seus clientes.
