08 setembro 2023
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Apenas 11% das empresas do setor energético encontram-se em risco de incumprimento

De acordo com os dados do Insight View, cerca de 59% destas empresas foram constituídas nos últimos cinco anos. 

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O setor da energia desempenha um papel essencial na economia, uma vez que é responsável por fornecer a energia necessária para impulsionar os mais diversos setores produtivos e satisfazer as necessidades do quotidiano dos cidadãos. 

Quando analisamos a dimensão das empresas do setor de energia em Portugal, notamos uma predominância das microempresas que representam cerca de 72% do total, segundo os dados do Insight View. Estas empresas têm uma atuação geralmente localizada e desempenham um papel significativo na oferta de serviços energéticos em comunidades específicas. Em seguida, temos as pequenas empresas que compreendem cerca de 20% do setor e também desempenhando um papel importante ao atender a uma maior área geográfica e base de clientes. As médias empresas contribuem com aproximadamente 5%, demonstrando um grau de crescimento e estabilidade, enquanto as grandes empresas representam 3%, sendo geralmente atores de referência, com presença a nível nacional ou internacional.

A análise da antiguidade das empresas do setor de energia em Portugal revela um cenário diversificado. Cerca de 22% das empresas têm até um ano de existência, indicando que há um fluxo contínuo de novos empreendimentos a surgir no mercado. As empresas com idade entre dois e cinco anos correspondem a 31%, representando um segmento considerável que já passou da fase inicial e está a estabelecer-se. Já as empresas com seis a dez anos de antiguidade representam 14%, enquanto as que têm entre 11 e 15 anos somam 13%, demonstrando que uma parte significativa do setor já possui uma experiência consolidada. As empresas com 16 a 25 anos de existência representam 14%, e as com mais de 25 anos correspondem a 6%, indicando que algumas entidades têm uma presença de longa data, acumulando conhecimento e experiência ao longo das décadas.

Ao analisar o risco associado às empresas do setor de energia em Portugal, podemos observar uma distribuição diversa. Cerca de 11% das empresas enfrentam um risco de incumprimento elevado, o que pode estar relacionado a vários fatores, como o tipo de energia produzida ou os desafios regulatórios. Por outro lado, a maioria das empresas, aproximadamente 61%, opera num nível de risco considerado médio, enfrentando desafios controláveis e oportunidades equilibradas. Notavelmente, cerca de 28% das empresas têm um risco baixo, refletindo uma situação estável e segura, o que pode ser atribuído ao seu estabelecimento no mercado ou à adoção de estratégias de gestão de risco eficientes.

Além disso, é importante analisar alguns indicadores financeiros. A autonomia financeira das empresas de energia é de 33%, o que indica que, em média, 33% dos ativos das empresas são financiados com recursos próprios, sendo o restante financiado por dívidas e outras obrigações. A solvabilidade é de 50%, demonstrando que as empresas do setor possuem ativos suficientes para cobrir metade das suas dívidas de longo prazo. Quanto ao rácio da qualidade da dívida, este mostra que cerca de 42% da dívida das empresas é composta por obrigações de longo prazo, enquanto o remanescente é composto por dívidas de curto prazo. Estes rácios financeiros revelam a importância de uma gestão equilibrada e prudente para garantir a estabilidade e o crescimento sustentável das empresas do setor energético em Portugal. 
 

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