Insolvências sobem mais de 6% no terceiro trimestre de 2025

10 OUTUBRO 2025
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Dados do terceiro trimestre de 2025 revelam maior aumento nas ações de insolvência face ao ritmo de crescimento da constituição de novas empresas.

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No que respeita às insolvências, registou-se um crescimento de 6,2% face ao terceiro trimestre de 2024, com um total de 2.756 registos. O mês de setembro destacou-se com 490 insolvências, mais 33% do que no mesmo período do ano anterior. 

As declarações de insolvência apresentadas pelas próprias empresas aumentaram 23% no acumulado, correspondendo a mais 131 pedidos num total de 710 processos, enquanto as declarações requeridas por terceiros cresceram 10%, representando mais 51 processos (total de 557 ações). O encerramento com plano de insolvência registou uma redução de 23%, ou seja, menos nove empresas. Até setembro, o total acumulado ascende a 1.459 empresas declaradas insolventes (encerramento de processos), menos 13 do que em igual período de 2024.

 

 

Em termos geográficos, Porto e Lisboa continuam a liderar em número de insolvências, com 703 e 650 registos, respetivamente, o que corresponde a aumentos de 13%. Entre os distritos que apresentam maiores crescimentos destacam-se Viana do Castelo, com mais 39%, Castelo Branco, com 25%, Faro, com 24%, Leiria, com 23%, e Bragança, com 19%. 

Os maiores decréscimos ocorreram em Angra do Heroísmo, Beja e Madeira, todos com menos 33%, em Viseu, com menos 25%, e em Évora, com menos 23%.

Por setores de atividade, o maior crescimento foi observado nas telecomunicações, com um acréscimo de 75%, seguido pelo setor da agricultura, caça e pesca, com 59%, e transportes, com 35%. Em sentido contrário, o setor de eletricidade, gás e água registou a maior retração nas insolvências, com uma diminuição de 44%.

Constituição de novas empresas aumenta perto dos 3% no acumulado

No que se refere às constituições de empresas, em setembro de 2025 foram criadas 3.680 novas empresas, face às 3.907 registadas em setembro de 2024, o que representa um decréscimo homólogo de 5,8%. Ainda assim, em termos acumulados desde o início do ano, verifica-se um crescimento de 2,9%, com um total de 40.275 novas empresas constituídas.

 

 

Lisboa e Porto continuam a liderar em termos absolutos, com 12.473 constituições em Lisboa, mais 1,5% do que em 2024, e 6.953 no Porto, mais 3,9%. Entre os distritos com maiores aumentos encontram-se Viseu, com um crescimento de 21%, Ponta Delgada e Leiria, ambos com 12%, Vila Real, com 11%, e Évora, com 10%. Em contrapartida, Horta e Angra do Heroísmo registaram decréscimos de 12% e 6,3%, respetivamente.

Relativamente aos setores de atividade, os que mais cresceram em novas constituições foram agricultura, caça e pesca, com 22%, construção e obras públicas, com 17%, e indústria extrativa, com 12%. Em polo oposto, verificaram-se quebras nos transportes, com menos 22%, nas telecomunicações, com menos 21%, e em eletricidade, gás e água, com menos 15%.

Os dados do terceiro trimestre de 2025 evidenciam uma realidade empresarial com sinais contrastantes. Por um lado, o aumento das ações de insolvência, que cresceram 6,2% face a 2024, traduz as dificuldades que várias empresas continuam a enfrentar num contexto de pressões económicas e setoriais diferenciadas. Por outro lado, a constituição de novas empresas mantém-se em terreno positivo no acumulado anual, com um crescimento de 2,9%, revelando capacidade de renovação e dinamismo do tecido empresarial português.

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