21% das empresas dos Açores encontram-se em risco de incumprimento

As empresas açorianas estão bastante dispersas pelos diversos municípios: Ponta Delgada concentra 35% do total de empresas do arquipélago, seguida por Angra do Heroísmo (15%), Ribeira Grande (9%), Horta (7%), Praia da Vitória (6%) e Lagoa (5%). Os restantes 13 municípios representam os 23% restantes das empresas.

Em 2023, os Açores registaram uma redução de 23% nos processos de insolvência em comparação com o ano anterior. Quanto às dissoluções de empresas, houve uma diminuição de 36% no mesmo período. Foram criadas 563 novas empresas nos Açores, o que significa uma redução de 5% face a 2022.

A distribuição das empresas por dimensão revela que 84% são microempresas, mas estas contribuem apenas com 12% do volume de negócios das empresas açorianas. As pequenas empresas constituem cerca de 15% do total e representam 31% do volume de negócios. As empresas médias correspondem a aproximadamente 1% do total, gerando 19% do volume de negócios. Apesar de serem quase nulas, as grandes empresas dominam com 37% do volume de negócios.

A dispersão setorial das empresas nos Açores é significativa: 47% das empresas atuam nos serviços, mas estas contribuem apenas com 10% do volume de negócios. O setor industrial, embora represente só 5% do número de empresas, gera 14% do volume de negócios. Os setores categorizados como “outros” constituem 33% das empresas e correspondem a 51% do volume de negócios, mostrando a importância dos setores menos tradicionais na economia açoriana.  

Relativamente à antiguidade das empresas, aquelas constituídas nos últimos cinco anos representam 30% do total, com apenas 5% do volume de negócios. Empresas com seis a dez anos constituem 21% do total e têm 10% do volume de negócios. Empresas com onze a quinze anos representam 13% do total, gerando 7% do volume de negócios. Empresas com dezasseis a vinte e cinco anos representam 20% do total e faturam 16%. Por fim, as empresas com mais de vinte e cinco anos representam 16% do total e dominam com 62% do volume de negócios. Conclui-se, assim, que as empresas mais antigas continuam a ter um papel preponderante na economia dos Açores.