Segundo dados do Insight View, apenas 16% das empresas do setor químico apresentam um risco máximo ou elevado de incumprimento. No que toca ao volume de negócios, o setor apresenta um decréscimo notável, com menos 23% de faturação em 2023 face a 2022. O setor exportou 34% de tudo o que vendeu em 2023.
A distribuição geográfica das empresas químicas em Portugal é bastante dispersa, com uma forte concentração nos principais distritos: Lisboa (25%); Porto (15%); Aveiro (10%); Braga (8%) e Setúbal (8%). Estes distritos representam, aproximadamente, dois terços das empresas do setor. Lisboa, ainda assim, continua a ser o distrito que mais contribui para o volume total de negócios.
Um terço das empresas da indústria química foram criadas nos últimos cinco anos, enquanto 25% têm entre seis e 15 anos de atividade. Cerca de 14% das empresas foram fundadas têm entre os 16 e os 25 ano de existência e 28% têm mais de 25 anos. As empresas com mais de 25 anos são as que possuem menor risco de incumprimento associado, seguidas pelas que têm entre 16 e 25 anos. Quanto mais recentes são as empresas, maior é o risco de incumprimento associado.
No que diz respeito ao tamanho das empresas, o setor é predominantemente composto por micro e pequenas empresas, que constituem cerca de 87% do total. As empresas de média dimensão representam 9%, enquanto as grandes empresas representam apenas 4% do setor. Contudo, são as grandes empresas que mais faturam, com perto de 70% do total de volume de negócios do setor.
A análise aos fluxos de caixa revela que existiu um agravamento, tanto nos prazos de pagamento como nos prazos de recebimento. O prazo médio de pagamento a fornecedores subiu de 60 para 64 dias e o prazo médio de recebimento das dívidas a clientes aumentou de 57 para 61 dias. Isto revela que os clientes demoram mais a pagar as suas dívidas e, por consequência, as empresas do setor químico demoram mais tempo a pagar aos seus fornecedores.