30 março 2023
analise-setorial

32% das empresas de compra e venda de imóveis têm dificuldade em pagar as suas faturas

Segundo os dados do Insight View, Faro é o distrito que apresenta maior deterioração do risco de crédito.

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Nos últimos cinco anos, Portugal tem assistido a um aumento exponencial na compra e venda de imóveis. Uma série de fatores tem contribuído para este crescimento significativo, desde a melhoria da economia até à facilidade de obtenção de crédito bancário. Em 2021, o setor registou um crescimento de 27% em termos de volume de negócios, consolidando a sua posição como um dos mais importantes para a economia portuguesa.

No entanto, de acordo com dados do Insight View, o setor de compra e venda de imóveis apresenta um elevado risco para 32% das empresas portuguesas, enquanto 58% apresentam um risco médio e apenas 10% um baixo risco. Apesar disso, a dimensão das empresas neste setor é dominada por microempresas, representando aproximadamente 95% das empresas, com as pequenas empresas a representarem cerca de 5%, sendo o número de empresas de média e grande dimensão inferior a 1%. 

Em termos de antiguidade, o setor é composto por empresas relativamente novas, com 20% constituídas no último ano, 30% nos últimos 2 a 5 anos e 17% nos últimos 6 a 10 anos. Empresas mais antigas, com 11 a 15 anos, representam 10%, enquanto aquelas com 16 a 25 anos representam 15%. As que têm mais de 25 anos, apenas 8% do total.

Quanto à localização das empresas, Lisboa é o distrito mais representativo do setor, com 40% das empresas sediadas na região, seguida do Porto com 19%, Braga com 8%, Faro com 6% e Setúbal com 5%. O resto do país representa 22% das empresas do setor. É importante notar que, em termos de risco de crédito, Faro é o distrito com a maior deterioração, com 37% das empresas do setor apresentando um risco elevado ou máximo de incumprimento, seguido por Lisboa (35%), Setúbal (34%), Porto e Braga (31%). As empresas do resto do país apresentam apenas 16% de risco de não pagamento das suas faturas. 

A análise dos indicadores financeiros das empresas de compra e venda de imóveis em Portugal indica um crescimento de 3,6% nos ativos e uma redução de 0,6% nos passivos, o que reflete uma maior eficiência na gestão de recursos. O endividamento das empresas apresentou uma redução, passando de 66% para 63%, o que significa uma diminuição do risco financeiro. A redução do prazo médio de recebimentos, de 38 para 34 dias, e do prazo médio de pagamentos, de 81 para 65 dias, também indica uma maior eficiência na gestão de fluxo de caixa.

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