O distrito tem registado um número significativo de novas empresas, embora estas mais recentes apresentem maior risco de crédito.
Em 2024, observou-se um aumento de 2% nos processos de insolvência em Viana do Castelo, em comparação com o ano anterior. No mesmo período, houve um aumento de 21% no número de novas empresas, totalizando mais de mil constituições. Isto demonstra um ambiente empresarial dinâmico, onde o crescimento na criação de novas empresas supera os desafios relacionados às insolvências.
A distribuição das empresas é bastante dispersa entre os 11 concelhos do distrito, com Viana do Castelo a liderar no número de empresas, com 35% do total das empresas do distrito, seguido por Ponte de Lima (17%), Valença (10%), Monção (10%), Arcos de Valdevez (8%) e Caminha (7%). Os restantes concelhos abrigam os 13% das empresas remanescentes.
No que diz respeito ao tamanho das empresas, a maioria (87%) são microempresas, contribuindo apenas com 14% do volume de negócios total. As pequenas empresas representam cerca de 12% do total, mas contribuem com 29% da faturação, enquanto as médias empresas compõem aproximadamente 1% do total, com 23% da faturação. Apesar de escassas, as 29 grandes empresas de Viana do Castelo faturam cerca de 34% do volume total de negócios, a maior fatia de todo o universo empresarial do distrito. Ainda respeitante à faturação das empresas de Viana do Castelo, observamos que mais de um terço é destinado à exportação, um indicador relevante da valorização da economia do que é produzido no distrito.
A distribuição por setor de atividade também mostra uma variedade considerável, com 41% das empresas a atuarem na área dos serviços, da construção (13% do total de empresas) e indústria (9%). Dentro destes setores, a indústria segue na liderança em volume de negócios, mas é o setor da construção que lidera em exportações.
As empresas de Viana do Castelo constituídas nos últimos cinco anos representam 35% do total. Aquelas que foram constituídas entre seis e dez anos representam 1% e as constituídas entre 11-15 anos representam 14% do total. As empresas com 16 a 25 anos representam 18%, enquanto aquelas com mais de 25 anos representam 14%. É possível verificar, ainda, que quantos mais anos a empresa tem de atividade, menor é o risco de crédito associado.
Quanto à gestão do fluxo de caixa, vemos uma maior eficiência no distrito, visto que o prazo médio de recebimentos e o prazo médio de pagamento desceram no número de dias, respetivamente, de 64 para 63 dias e de 74 para 72 dias, acompanhando o decréscimo já registado também no período anterior
Mantenha-se informado
