Segundo o inquérito do outono do Estudo de Gestão de Risco de Crédito em Portugal, promovido pela Crédito y Caución e pela Iberinform, 41% das empresas preveem que o fim das moratórias tenha efeitos significativos na sua carteira de clientes, elevando as situações de insolvência.

O balanço das moratórias tem efeitos opostos. 34% das empresas admitem que o período de excecionalidade ajudou os seus clientes a superar os problemas de liquidez durante a pandemia. Contudo, uma percentagem superior, 38%, referem que as moratórias limitaram a sua capacidade de detetar e gerir o possível impacto de uma situação de insolvência e a possibilidade de deixar de vender a clientes inviáveis. Por último, 4% das empresas inquiridas sentiram que não avançaram para processos de insolvência por causa da situação excecional de apoio decorrente das moratórias.

Com o fim das moratórias, as empresas deixaram de usufruir da possibilidade de não pagar serviço de dívida pelo que a pressão de tesouraria aumentou a probabilidade de moras, de incumprimento e de insolvências.
