28 maio 2024
estudos

73% das empresas nunca aplicam juros de mora

Apenas 38% das empresas iniciam ações de cobrança quando as faturas estão vencidas.

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O tempo é o maior inimigo da eficácia na cobrança de dívidas. No entanto, apenas 38% das empresas portuguesas iniciam ações de cobrança após o vencimento de uma fatura, de acordo com o Estudo de Gestão de Risco de Crédito em Portugal, promovido pela Crédito y Caución e pela Iberinform. Quase duas em cada três empresas reagem às tensões de liquidez dos seus clientes adiando o início das ações de cobrança para não deteriorem as suas relações comerciais.

 

 

O atraso nas ações de cobrança implica uma deterioração da eficácia das ações de recuperação. Apesar disso, o estudo reflete uma grande flexibilidade nos prazos de cobrança como parte da relação comercial. 25% das empresas permitem aos seus clientes atrasos de pagamento superiores a 60 dias antes de considerarem um crédito em atraso.

 

 

Quando são iniciadas ações de cobrança, a grande maioria das empresas renuncia à cobrança de juros de mora. 73% das empresas, a percentagem mais elevada das séries cronológicas, nunca as aplicam e apenas 2% são sistemáticas no exercício do seu direito. O endurecimento da política monetária por parte do Banco Central Europeu levou a que os juros de mora das operações comerciais, que se situavam nos 8% entre 2016 e 2022, aumentassem para 12,5% no primeiro semestre de 2024. No entanto, a subida deste indicador oficial não tem tradução na economia real: de acordo com o estudo realizado pela Crédito y Caución e pela Iberinform, 98% das empresas que aplicam juros de mora reclamam montantes inferiores aos que lhes corresponderiam por lei.

 

 

O estudo aborda as metodologias de gestão de cobranças utilizadas pelas empresas. A eficácia da terceirização da recuperação B2B está concentrada nos escritórios de advocacia (29% das empresas). O recurso a soluções de arbitragem (5%), cobrança telefónica (5%), cobrança integral (4%) ou presencial (1%) são muito limitados.
 

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