Num setor onde perto de 50% das empresas em atividade foram constituídas há 16 ou mais anos, constata-se que a percentagem de empresas com risco elevado ou máximo de incumprimento são cada vez menos.
A indústria alimentar em Portugal está em crescimento, de acordo com dados do Insight View. Mais de 40% das empresas neste setor apresentam um risco de incumprimento baixo, enquanto 48% têm risco moderado. O desempenho financeiro também é digno de nota, com um aumento de 9% na faturação em 2023. Além disso, as exportações representam cerca de 23% do volume de negócios total, sublinhando a crescente importância do mercado internacional para estas empresas.
A distribuição geográfica das empresas alimentares em Portugal é bastante diversificada, com uma concentração significativa nos cinco principais distritos: Lisboa (16%), Porto (14%), Aveiro (7%), Braga (7%) e Setúbal (7%). Juntos, estes distritos abrigam quase metade das empresas do setor.
Em termos de antiguidade, cerca de 25% das empresas foram estabelecidas nos últimos cinco anos, enquanto 28% têm entre seis e 15 anos de atividade e 47% estão em operação há 16 ou mais anos. As empresas com mais de 25 anos lideram em volume de negócios, totalizando 73% do setor, seguidas pelas que têm entre 16 e 25 anos (13%). Em contraste, as empresas mais recentes representam apenas 14% do total de faturação.
Em termos de dimensão, a esmagadora maioria das empresas alimentares são micro e pequenas, totalizando aproximadamente 93%. No entanto, em termos de volume de negócios, são as grandes empresas, que representam apenas 2%, que lideram com 64% do total de faturação. As empresas médias, embora representem apenas 5% do universo empresarial, contribuem com 22% da faturação do setor.
No que diz respeito à gestão de tesouraria, observou-se uma melhoria nos prazos médios de pagamentos a fornecedores e recebimentos de clientes, reforçando a tendência do período anterior. Os prazos médios de pagamentos a fornecedores diminuíram de 65 para 63 dias, enquanto os prazos médios de recebimentos de clientes reduziram de 58 para 56 dias. Esses números sugerem que as empresas do setor alimentar estão a conseguir financiar-se de forma mais eficiente, recebendo dos clientes antes de pagar aos fornecedores.
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