De acordo com os dados do Insight View, 60% das empresas de trabalho temporário apresentam um risco médio de incumprimento. Apesar deste indicador, o setor registou um aumento significativo de 12% no volume de negócios em 2023, após um crescimento de 18% no ano anterior.

A distribuição geográfica das empresas revela uma concentração nos principais centros urbanos do país. Lisboa lidera com 38% das empresas, seguida pelo Porto com 15%, Setúbal com 10%, Braga com 9% e Santarém com 4%. O risco de crédito é bastante uniforme entre estes distritos, situando-se em risco médio, semelhante à média nacional.
A idade das empresas de trabalho temporário também apresenta uma tendência interessante. A maioria, 58%, foi fundada nos últimos cinco anos, enquanto 28% têm entre seis e 15 anos de existência. Apenas 9% foram estabelecidas entre 16 e 25 anos atrás, e 5% têm mais de 25 anos. No entanto, as empresas com mais de 25 anos lideram em termos de volume de negócios, representando 42% do setor, seguidas pelas empresas com 6 a 15 anos (25%) e pelas empresas entre 16 e 25 anos (24%). As empresas com menos de cinco anos representam apenas 9% do volume de negócios total, apesar de serem a maioria no setor. Observa-se que, quanto mais anos de atividade, menor é o risco de crédito associado.
Em termos de dimensão, o setor é dominado por micro e pequenas empresas, que constituem cerca de 91% do total. As empresas médias representam 7%, enquanto as grandes empresas apenas 2%. No entanto, em termos de volume de negócios, as microempresas contribuem com apenas 1%, enquanto as pequenas empresas faturam 23% e as médias 33%. As grandes empresas, apesar de serem apenas 2%, lideram em termos de faturação total, com 43%.
Na gestão financeira, os prazos médios de recebimentos de clientes mantiveram-se em 72 dias, enquanto o prazo médio de pagamentos aos fornecedores aumentou de 67 para 75 dias em 2023.