No primeiro trimestre do ano, o distrito de Coimbra registou um aumento de 42% nos processos de insolvências em comparação com o período homólogo. Em adição, testemunhou um decréscimo de 0,5% na constituição de novas empresas, no mesmo período, o que pode revelar alguns desafios no tecido empresarial.

O distrito de Coimbra representa aproximadamente 4% do total de empresas portuguesas. A distribuição geográfica das empresas reflete uma variedade de centros de atividade, com o concelho de Coimbra a liderar com 43% do total, seguido por Figueira da Foz (13%), Cantanhede (8%), Oliveira do Hospital (4%), Lousã (4%) e Montemor-o-Velho (4%), enquanto os outros concelhos contribuem com os restantes 24%.
Embora as microempresas ainda representem a grande maioria, com 88% do total, a sua faturação é de apenas 12% do volume total de negócios. As pequenas empresas, apesar de constituírem apenas cerca de 11% do total, contribuem com 23% da faturação, enquanto as empresas de maior dimensão, representando menos de 1% do total, são responsáveis por 44% do volume total de negócios, realçando a sua importância no tecido empresarial do distrito.
O setor de serviços reforça-se como o mais expressivo, envolvendo 47% (variação positiva de três pontos percentuais face ao período anterior) das empresas, embora contribua apenas com 15% do volume de negócios do distrito. Surpreendentemente, os setores menos tradicionais revelam-se cruciais para a economia local, com a indústria a representar 6% do total de empresas, mas contribui com 33% da faturação, e os setores classificados como "Outros" lideram em volume de negócios, com 39%. Dentro destes setores classificados como “Outros” estão atividades como o comércio de madeiras, comércio de produtos farmacêuticos ou comércio de automóveis.
A análise da idade das empresas revela que quanto mais anos de atividade as empresas possuem, maior é o seu volume de faturação. Quanto ao risco de incumprimento associado às empresas, verificamos, ainda, que quanto mais anos de atividade a empresa possui, menor é o risco de incumprimento associado à mesma.
Na análise da gestão do fluxo de caixa do distrito, verificamos uma manutenção dos níveis de recebimentos e de pagamentos face ao período anterior, fixando-se o prazo médio de recebimentos em 59 dias e o prazo médio de pagamentos em 63 dias, o que continua a revelar que, regra geral, as empresas de Coimbra demoram mais tempo no pagamento a fornecedores do que a receber dos seus clientes.