Quase um terço dos produtores e grossistas de café e chá encontram-se em risco de incumprimento
De acordo com os dados do Insight View, metade destas empresas foram constituídas nos últimos cinco anos.

De acordo com os dados do Insight View, metade destas empresas foram constituídas nos últimos cinco anos.
As empresas que produzem café e chá, e os grossistas de café, chá, cacau e especiarias têm tido um aumento notável da faturação nos últimos anos. Segundo os dados fornecidos pelo Insight View, o volume de negócios do último exercício financeiro mostra um aumento de aproximadamente 15%, depois do aumento de 10% no ano anterior.
A análise detalhada do Insight View revela que essas empresas estão predominantemente concentradas nos grandes centros urbanos, com Lisboa (24%), Porto (23%), Braga (7%), Bragança (6%) e Setúbal (6%) a liderar. Nos cinco principais distritos do setor, o risco parece distribuir-se de forma semelhante, com um score médio de risco para essas empresas.
O panorama empresarial revela uma significativa diversidade de idade entre as empresas do setor. Uns expressivos 40% das empresas foram constituídas nos últimos cinco anos, evidenciando uma presença dinâmica e recente. Além disso, 23% estão no intervalo de seis a dez anos, 8% entre 11 e 15 anos, 13% têm uma trajetória de 16 a 25 anos, enquanto 16% consolidaram a sua posição há mais de 25 anos.
Quando analisamos o risco enfrentado por estas empresas, a distribuição é reveladora. Apenas 1% delas enfrenta um risco máximo, no entanto, 26% encontra-se em risco elevado. A maioria, representada por 52%, enfrenta um risco de nível médio, enquanto 21% desfrutam de uma situação de baixo risco.
Os produtores de café e chá, e os grossistas de café, chá, cacau e especiarias são, na sua quase totalidade, micro (81%) e pequenas empresas (15%), contabilizando um total de 96% das empresas dos setores. As restantes empresas dos setores estão igualmente divididas entre médias e grandes empresas. Contudo, em termos de volume de negócios, as grandes empresas representam 87% do total, contrastando com as microempresas que totalizam apenas 2% da faturação.
Ao abordar a gestão financeira, constata-se uma diminuição nos prazos médios de pagamentos a fornecedores de 84 para 82 dias no último exercício financeiro. Similarmente, os prazos médios de recebimentos de clientes reduziram de 73 para 71 dias. Esses indicadores sugerem que tanto os produtores de café e chá quanto os grossistas de café, chá, cacau e especiarias conseguem financiar as suas operações com eficiência, recebendo pagamentos antes de honrar os seus compromissos com fornecedores. Como resultado, há uma redução na exposição ao risco tanto para os fornecedores quanto para as próprias empresas perante os seus clientes.
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