25 novembro 2022
estudos

21% das empresas sofreram incumprimentos significativos em 2022

88% das empresas reporta uma deterioração dos níveis de solvência ou liquidez dos seus clientes, de acordo com a vaga de outono do estudo impulsionado pela Crédito y Caución e pela Iberinform.

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21% das empresas portuguesas sofreram incumprimentos significativos durante o ano de 2022, de acordo com a vaga de outono do Estudo de Gestão de Risco de Crédito em Portugal, promovido pela Crédito y Caución e pela Iberinform. Isto traduz um agravamento de cinco pontos percentuais face aos níveis de incumprimento de há um ano. De facto, 88% das empresas detetam uma deterioração nos níveis de solvência ou liquidez dos seus clientes.

O desgaste atual dos níveis de solvência resulta da combinação de vários fenómenos. Como causa principal da deterioração do risco de crédito e da capacidade de pagamento da sua carteira comercial, as empresas assinalam o aumento da inflação (35%) e a evolução dos custos energéticos (26%), seguidas pelas tensões geopolíticas (10%), pelo crescimento dos custos financeiros (8%) e pelos problemas da cadeia de fornecimento (7%). Os efeitos económicos derivados da gestão da Covid-19 ocupam já um lugar discreto (apenas são mencionados por 2% das empresas) como problema principal nas causas da deterioração da liquidez e da solvência dos clientes.

Cabe prever que os efeitos da inflação sobre o risco de crédito se intensifiquem. 90% das empresas prevê que a subida dos preços afete a sua capacidade para se financiar e 22% do tecido empresarial espera um elevado impacto.

Uma vez descontados os efeitos da inflação, as empresas preveem maioritariamente para o fecho de 2022 um aumento da sua faturação (34% face aos 30% que preveem uma queda). Contudo, o tecido produtivo antecipa maioritariamente uma queda nos lucros (44% face aos 25% que esperam um incremento). Este contraste é indicador de até que ponto se estão a contrair as margens comerciais por não repercutirem os aumentos nos custos nos preços finais.

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