36% dos Grossistas de Eletrodomésticos iniciaram atividade há mais de 25 anos

07 NOVEMBRO 2025
analise-setorial

Segundo os dados do Insight View, num setor onde a maior fatia de empresas tem mais de 25 anos, vemos que são estas as empresas que mais contribuem para o volume de negócios global, sendo que 45% das empresas operam com um risco médio de incumprimento.

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Apesar de um decréscimo no período económico anterior, o volume de negócios registado em 2024 apresentou uma subida superior a 3%, conforme revelado pelos dados da Insight View. 

 

 

A distribuição geográfica dos grossistas revela uma concentração acentuada nos principais centros urbanos de Portugal. Lisboa lidera com 35% das empresas, seguida pelo Porto com 21%, Braga com 7%, Setúbal 6% e Aveiro com 5%. Os restantes 26% encontram-se distribuídos nos demais distritos do país, refletindo uma presença menos densa fora dos grandes centros.


Quando analisamos o risco de incumprimento, 24% das empresas têm dificuldades em cumprir com os seus pagamentos, enquanto 45% apresentam um risco médio. Em contraste, 31% estão numa posição mais estável, com um risco baixo. Este panorama é dominado por microempresas, que constituem 66% do total, seguidas pelas pequenas empresas (24%), enquanto apenas 10% correspondem a empresas de média e grande dimensão.


A dinâmica empresarial no setor é marcada por uma considerável quantidade de empresas recentes, com 18% tendo sido estabelecidas nos últimos cinco anos. Destas, 6% foram criadas no último ano, demonstrando uma forte capacidade empreendedora. Contudo, uma parcela significativa de 36% das empresas têm mais de 25 anos de existência, indicando estabilidade e experiência acumulada no mercado. Estas empresas com mais anos de atividade, são as mais estáveis em termos de risco económico e são as que mais faturam, com aproximadamente 76% de todo o volume de negócios do setor, o que mostra as dificuldades na afirmação de novos negócios.


Analisando a gestão da tesouraria, observa-se uma ligeira diminuição nos prazos médios de pagamento a fornecedores, que passaram de 48 para 46 dias em 2024. Simultaneamente, o prazo médio para recebimento de clientes também desceu de 119 para 113 dias. Este aumento nos prazos sugere uma maior exposição financeira tanto para os fornecedores quanto para as empresas, podendo impactar a liquidez e a saúde financeira do setor.
 

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