As insolvências aumentaram 10% em março, no comparativo com o mesmo período do ano passado, com um total de 447 insolvências, mais 40 que em 2022. Contudo, no acumulado do primeiro trimestre do ano, o total de insolvências ainda se mantém abaixo do valor alcançado em 2022 (-3,2%), com 1.128 insolvências.
Até final de março, as declarações de insolvência requeridas por terceiros aumentaram 18% face a 2022, com mais 32 declarações, alcançando um total de 215 pedidos. As declarações de insolvência apresentadas pelas próprias empresas subiram 22% face ao primeiro trimestre de 2022, com uma variação de mais 43 empresas e um total de 243 declarações. Quanto aos encerramentos com plano de insolvência regista-se um aumento de 33% face a 2022 (mais dois encerramentos, num total de oito). No primeiro trimestre deste ano foram declaradas insolventes (encerramento de processos) 662 empresas, menos 114 que em 2022, o que resulta numa diminuição no total de ações de insolvência (menos 37 que em 2022).
Lisboa e Porto são os distritos com mais insolvências, 246 e 240 respetivamente. Face a 2022, regista-se uma diminuição de 19,1% em Lisboa e de 18,9% no Porto. Com decréscimos destacam-se também: Ponta Delgada (-60%); Castelo Branco (-59,1%); Guarda (-57,1%); Horta (-33,3%); Santarém (-20,5%) e Viseu (-3,3%).
No primeiro trimestre do ano, as insolvências aumentaram nos distritos de: Faro (+84%); Bragança (+75%); Portalegre (+60%); Leiria (+52%); Viana do Castelo (+43%); Madeira (+39%); Aveiro (+17%); Beja (+17%); Braga (+16%); Évora (+ 14%); Setúbal (+10%) e Coimbra (+8,1%).
Os setores com maiores subidas são: Telecomunicações (+100%); Indústria Extrativa (+50%); Agricultura, Caça e Pesca (+38%); Transportes (+30%); Hotelaria e Restauração (+7,4%); Construção e Obras Públicas (+5,6%); Comércio de Veículos (+2,5%); Comércio a Retalho (+1,6%) e Outros Serviços (+0,9%).
Com decréscimos nas insolvências destacam-se os setores da Eletricidade, Gás, Água (-60%), Indústria Transformadora (-18%) e Comércio por Grosso (-19%).
Constituições continuam a aumentar, mas de forma mais moderada
Em março, foram constituídas 4.793 novas empresas, mais 77 que no período homólogo de 2022 (+1,6%). Em termos acumulados verifica-se um acréscimo em relação aos anos de 2021 e 2022. O primeiro trimestre deste ano fechou com 14.885 novas empresas constituídas, o que traduz um acréscimo de 7,3% face a 2022.
Lisboa regista o número mais significativo de novas constituições, com 4.928 (+7,8% que em 2022), seguida pelo Porto, com 2.416 novas empresas (+5,2%).
Os distritos que também apresentaram acréscimos são: Aveiro (+18%); Faro (+16%); Setúbal (+15%); Beja (+14%); Ponta Delgada (+12%); Coimbra (+10%); Leiria (+8,7%); Portalegre (+8,2%); Santarém (+7,3%); Castelo Branco (+4,5%); Braga (+3,1%); Viana do Castelo (+2,8%) e Évora (+1,3%).
Com variação negativa destacam-se: Angra do Heroísmo (-29%); Bragança (-20%); Horta (-13%); Guarda (-11%); Viseu (-6,4%); Vila Real (-5,9%) e a região da Madeira (-1,9%).
Os setores que em março apresentaram uma variação positiva na constituição de novas empresas são: Transportes (+115%); Eletricidade, Gás, Água (+51%); Comércio de Veículos (+22%); Hotelaria e Restauração (+15%); Comércio por Grosso (+1,6%); Construção e Obras Públicas (+1,6%) e Outros Serviços (+0,5%).
Com variação negativa destacam-se: Indústria Extrativa (-60%); Telecomunicações (-30%); Agricultura, Caça e Pesca (-20%); Comércio a Retalho (-13%) e Indústria Transformadora (-13%).